Estar Sendo. Ter Sido. *

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ontem, conversando com o L. (vibe Death Note), falamos sobre como eu era e como sou, visto que nos conhecemos há 11 anos, dá para se falar em passado/presente. Percebi algumas coisas sobre mim, outras ainda permanecem desconhecidas. Resolvi listar algumas, a título de experiência, e ver se continuo assim daqui uns 5 meses.
Ei-las:
  1. Confusa, hoje reconheço, mas aos 17, era cheia de certezas e de que nunca iria mudá-las;
  2. Ciumenta, sempre fui, mas a capa de "modernidade" com a qual me revestia, impedia-me de demonstrar;
  3. Introspectiva, se bem que isso não mudou muito, a maior parte de pensamentos/sentimentos guardo para mim, embora a palavra faça parte do meu mundo e eu seja tocada/comandada/manipulada por ela, é uma relaçao de submissão, passividade, encaro-as mas não as domino, ou talvez seja só egoísmo;
Há tantas outras coisas, mas ainda agora não vejo meios de transmutar a idéia (com acento mesmo) em palavra. Um dia eu consigo.

"Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui. Continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada"
Caio Fernando Abreu - Dama da Noite

* Hilda Hilst - Estar Sendo. Ter Sido.

0 comentários:

 
Design by Pocket